sábado, 1 de setembro de 2007

A voz da Impunidade!

Caros amigos.
Nesta última semana do mês de agosto (que já se foi) presenciei de olhos abertos a história de mais um ato de violência.
O assassinato a sangue frio do jovem Diego Mendes (20 anos) ex-jogador de basquete do time de Jundiaí. É claro que o ato vai completar 3 anos agora em novembro, porém em meio de tantas notícias violentas e chocantes na TV, no rádio, na internet e no jornal, acaba como se diz na gíria "passando batido".
Confesso que não me lembrava mais com clareza sobre este caso, e quando ouvi falar nem se quer prestei muita atenção, pois todo dia é de praxe ler, ver ou ouvir algum crime bárbaro entre jovens inconseqüentes.
Mas me arrependi de não ter acompanhado de perto desde quando foi notícia em 30 de Dezembro de 2004.

Primeiro vamos tentar entender o caso:
CRIME
Em 30 de dezembro de 2004, o promotor Thales Ferri Schoedl é preso por matar Diego Mendes, 20, e balear Felipe Siqueira Cunha de Souza, 20, em Bertioga (SP).

DEPOIMENTO

Schoedl alega legítima defesa. Ele diz que a dupla ameaçou agredi-lo após tê-lo abordado e ter feito insinuações sobre sua namorada.

TESTEMUNHAS

Oito pessas dizem que o promotor iniciou uma discussão, por achar que os rapazes olhavam para sua namorada, sacou uma arma, atirou no chão e, depois, nos rapazes.

LIBERDADE PROVISÓRIA

O Órgão Especial do Tribunal de Justiça de SP concede liberdade provisória ao promotor em fevereiro de 2005.

VOLTA AO CARGO

Tribunal de Justiça de SP decide, em janeiro de 2006, reconduzir Schoedl (exonerado em agosto de 2005) ao cargo.

ÚLTIMA QUARTA-FEIRA (29/Setembro)

O Órgão Especial do Colégio de Procuradores do Ministério Público de SP decide que Schoedl ficará no cargo. (Fonte: http://www.folhauol.com.br/)

*Procurei deixar em Negrito as ações que envolve o caso.
Confira agora o trecho de uma matéria publicada pelo Jornal Folha de SP na edição deste sábado (01/Setembro):

Procurador compara caso de promotor a Jesus para justificar seu voto a favor do réu
-Por ROGÉRIO PAGNAN

O procurador René Pereira de Carvalho, um dos 16 membros do Ministério Público de São Paulo que votaram pela permanência do promotor Thales Ferri Schoedl nos quadros da instituição, disse que o argumento vencedor observou apenas os "critérios objetivos", e não o clamor público que, para ele, nem sempre é correto."Se o clamor público fosse correto, sempre correto, não precisaria de lei. O clamor público tem suas falhas. O clamor público deixou Adolf Hitler fazer o que ele fez, o clamor público crucificou Jesus contra Barrabás. O clamor nem sempre corresponde a uma ação legítima", afirmou o procurador.Carvalho é o quarto mais antigo na carreira no Estado e esteve por três vezes na lista tríplice para o cargo de procurador-geral, que é definido pelo governador de São Paulo.[...]
Será justamente o clamor público o principal argumento do advogado Pedro Lazarini, 46, para tentar reverter a decisão do Ministério Público de São Paulo no CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público).Para ele, há um grande número de pessoas inconformadas com a posição dos procuradores paulistas em aceitar como membro um réu confesso em assassinato."Cristo foi crucificado porque na época não tinha o conselho nacional", afirmou Lazarini, em resposta ao procurador.[...]”


Pois bem meus colegas leitores, acho que não preciso colocar aqui mais nenhum recorte de manchete publicada desde 2004.
Quando cheguei em casa do trabalho na quarta-feira dia 29, liguei a televisão e tomei conhecimento sobre o “pé” da situação. Eu assistira um telejornal da TV Record falando sobre a decisão do Ministério Público em preservar o emprego do promotor, ops...Promotor não, o “gravatinha assassino” Thales Ferri Schoedl no cargo.
E é claro que para qualquer pessoa de bem, de família e de princípios educacionais se comove ao ver o pai do jovem assassinado com 12 TIROS... VOU REPETIR, 12 TIROS, sendo entrevistado sobre sua opinião na decisão dos procuradores.

E o gravatinha (foto ao lado) alega ter atirado em legítima defesa? Mas pergunto a você que desde já agradeço por ter chegado até aqui nesta minha matéria, Quem dispara 12 tiros para se defender? ou melhor, quem sai de casa com uma arma na cintura e vai para um Lual com a namorada? Não precisa fazer faculdade de direito para saber que a intenção foi de matar.
Percebem a sua posição trabalhista falando mais alto? É claro que um gravatinha como esse já sai de casa usando uma pistola na cintura com más intenções, e em caso de um eventual uso de sua “defesa pessoal”, pode acontecer o que for que ele possui uma segurança jurídica sobre suas conseqüências.
É o fim do Mundo? Não, desde Adão e Eva o poder sempre fala mais alto, seja ele financeiro, político ou jurídico, enfim é a impunidade que massacra famílias indefesas e as nossas leis que nem sempre honram ao seu adjetivo: Justiça!
No Telejornal da TV Record, foi mostrado imagens do assassino andando com seu carro pela cidade e fazendo musculação para deixar o corpinho em forma, ou seja, levando uma vida normal.
O que passa na cabeça de um cara desse? Por mais que ele tenha consciência de que nada o condenará, mesmo sabendo que tirou a vida de uma pessoa na Bala!
Difícil compreender não é mesmo....por mais que saibamos da falha justiça Brasileira.
E ainda pergunto, ele possui amigos? Que amigos são esses que convivem com um sujeito desse e que namorada é essa que sai de casa com um promotor assasino?

Para encerrar, o ministério público deu 30 dias de férias, a pedido do “gravatinha Shoedl”, pois ele trabalharia na cidade de Jales (interior de SP), que no entanto gerou uma justa revolta da população do município. Só após este período de FÉRIAS, o promotor será indicado aonde devera exercer e dar continuidade a vidinha normal que sempre teve de PROMOTOR! Que Deus abençoe os corações da família de Diego Mendes (foto ao lado) e de proteção aos jovens que sem querer morrem infantilmente na mão de um assaltante ou até mesmo de um promotor do Ministério Público!
Já tenho dito, ESSE É O NOSSO PAÍS!

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